sábado, 23 de julho de 2011

texto de Orlando Hernández ,poeta e crítico de arte cubano

(...) Todos puros e impuros em sua ocorrente anatomia. Avermelhados de paixão e amarelos de febre, alguns. Azuis de vergonha e tímidos , os outros. Marcados pelo ferro indelével da liberdade.
      Ana pintou e modelou a fauna de seu próprio sobrenome. Colocando por aqui uma língua, por ali um sexo ou umas asas. Encima de rodas o que deve rodar. Seus bichos , personagens e signos , são engendros utópicos  do único lugar onde todos somos ou gostaríamos de ser simplesmente felizes . Gente confiante. Sem horários, rotas, cansaços, olheiras, punhais ou lágrimas. Capazes de mudar de lugar -porque não? -  as mais estáveis e longínquas estrelas .De desenhar de novo este planeta já demasiado velho, com seus elefantes enrugados e suas bombas. Sua pintura é ,por isso, genesíaca.
Orlando Hernández

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